Patrícia Reis nasceu em Lisboa (1970). Começou em 1988 no semanário O Independente, passou pela revista Sábado e realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque.
De volta a Portugal, é convidada para o semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades, trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do diário Público.
Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográfico Beija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas (2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008) e Antes de Ser Feliz (2009). É ainda autora da coleção infantojuvenil «Diário do Micas» e de dois livros infantis, todos com o selo do Plano Nacional do Livro e Leitura. A Por Este Mundo Acima (2011) seguiu-se Contracorpo (2013), e Simone: Força de viver, biografia de Simone de Oliveira e ainda a biografia Maria Antónia Palla, em co-autoria com a biografada (2014). Em 2015, publicou o romance A Construção do Vazio e, no ano seguinte, A Gramática do Medo, escrito a quatro mãos com Maria Manuel Viana. Faz o programa de rádio A Páginas Tantas com Inês Pedrosa e Rita Ferro e assina uma crónica semanal no Sapo 24. É editora da premiadíssima revista Egoísta.
A CONSTRUÇÃO DO VAZIO
A história de Sofia, uma menina-tesoura que sobrevive a uma relação de violência e abuso e cresce com a convicção de que a maldade supera tudo.
Será possível atenuar a dor?
Como se resiste ao fantasma real da infância?
Que decisões partem dessa memória e podem limitar a vida?
Sofia abriga-se na amizade de três homens, Eduardo, Jaime e Lourenço, e vive sem desejo, sem vontade, de construção em construção, sendo o vazio o objectivo final.
Esta personagem surge pela primeira vez no livro Por Este Mundo Acima (2011) e faz parte do território ficcional da autora que, com A Construção do Vazio, termina um ciclo de três narrativas independentes iniciado em 2008, com o romance No Silêncio de Deus.
Nomeado para o Prémio OCEANOS.
CONTRACORPO
Uma mulher fica viúva com dois filhos. Alguns anos depois da morte do marido, a vida não se refez e o filho mais velho, agora adolescente, cresce contra a mãe, num silêncio obstinado que só quebra nas histórias que se conta para adormecer e nos desenhos que faz de forma compulsiva. Com o anúncio do chumbo escolar, a mãe decide, sem grandes reflexões, fazer uma viagem com este filho, deixando o pequeno com os avós. Não se trata de uma viagem com destino, mas antes uma procura.
Contracorpo é um livro contra o silêncio e sobre o silêncio. É uma história de procura de identidades distintas – da mulher e do quase homem – e ainda de descobertas. Uma mãe nunca é o que se espera. Um filho é sempre uma surpresa. O encontro dá-se enquanto procuram caminhos, de Lisboa a Roma, num jogo de claro escuro. Como se tudo fosse uma imagem.